Atingidos pela tragédia de Brumadinho realizam um protesto pedindo a reparação integral nesta sexta-feira, 11 de julho, em Belo Horizonte.
A manifestação na capital é organizada pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) e faz parte uma série de mais de 60 atos realizados ao longo dos anos.
A principal pauta da manifestação é a defesa da reparação integral. Entre as denúncias, está o corte de quase R$ 40 milhões na complementação do orçamento destinado às Assessorias Técnicas Independentes (ATIs), que são responsáveis por garantir a participação qualificada das comunidades atingidas na execução de projetos de reparação. Segundo o MAB, o corte foi feito com base em um estudo da Coordenação Metodológica Finalística, que apresenta erros técnicos e foi construído sem diálogo com as comunidades.
Outra questão central é a forma como as Instituições de Justiça têm lidado com a regra que define recursos destinados às comunidades atingidas. O MAB denuncia a ausência de critérios claros, o desrespeito à vontade popular e a transferência de responsabilidades para os próprios atingidos. Para o movimento, essa postura aprofunda a revitimização e agrava a morosidade da reparação.
O pagamento do auxílio emergencial também estará no centro das reivindicações.
Confira a programação da ação:
- 9h– Assembleia dos Atingidos: “Por que lutamos e seguimos resistindo – 6 anos do crime”
- 10h – Marcha até o TJMG (Av. Afonso Pena, 4001)
- 10h30 – Reunião com Presidência do TJMG e relatora juíza convocada Maria Dolores; Protocolo da pauta e Ato pelo Auxílio Emergencial na porta do TJMG
- 12h– Retorno ao INCRA
- 12h30 – Almoço
- 13h30 – Marcha até o MPF (Av. Brasil, 1877 – Funcionários)
- 14h15 – Ato pelo Anexo I.1 sem boicote e reunião com Instituições de Justiça (a confirmar)
- 16h– Reunião com o juiz Murilo Silvio de Abreu no TJMG (Av. Raja Gabaglia)