A Vale se pronuncia oficialmente sobre a situação do Rio Paraopeba após uma publicação da Prefeitura de Brumadinho apontando uma possível falta de ações de reparação após a tragédia de 2019.
Conforme a Vale, desde 2019 é feito um “monitoramento amplo e contínuo da água do Rio Paraopeba e adota ações para a remoção de rejeitos”. Segundo a mineradora, todas as etapas desse trabalho são previamente avaliadas, e os projetos são auditados e fiscalizados cotidianamente pelos órgãos ambientais e pela Auditoria Técnica Independente, em nome dos Compromitentes do Acordo Judicial de Reparação Integral.
“Menos de 10% dos rejeitos provenientes do rompimento da barragem B1 atingiram o rio. Desde o primeiro momento, a empresa atuou para conter este material evitando que maior quantidade de rejeitos chegasse ao Paraopeba. Neste contexto, foi construída pela Vale, ainda em 2019, uma Estação de Tratamento de Água Fluvial (ETAF), que já devolveu mais de 72 bilhões de litros de água limpa ao rio”, informou a Vale.
Ainda de acordo com a Vale, o programa de monitoramento indica melhora progressiva na qualidade da água do Rio Paraopeba, “com resultados similares aos registrados tanto antes do rompimento, especialmente no período seco, quanto em trechos localizados em regiões não atingidas do rio Paraopeba”. Além disso, a mineradora afirma que a saúde dos peixes e sua capacidade de reprodução são semelhantes em áreas afetadas e não afetadas pelo rompimento.
“A Vale esclarece ainda que tem interesse em conhecer os métodos e análises de amostras citadas no vídeo. Pelo que foi exibido, ainda que superficialmente, os resultados contrapõem inúmeras análises realizadas pela empresa, auditadas e fiscalizadas pelos órgãos competentes, e os dados gerados pelo próprio Instituto de Gestão das Águas (Igam)”, acrescentou a mineradora.
A Vale informou ainda que a maior parte do rejeito ficou na sub-bacia do Ribeirão Ferro-Carvão, e 89% já foram removidos. Da parcela que chegou ao Rio Paraopeba, o maior volume – 32% – está nos primeiros dois quilômetros, onde está concentrada a operação atual e que estará concluída em 2025. No segundo semestre de 2024 os critérios técnicos e ambientais de dragagem foram reavaliados resultando na definição de novas estratégias e equipamentos, que têm permitido avanço no processo de dragagem.
“Outra informação citada e que cabe esclarecer diz respeito à remoção dos rejeitos. Esse trabalho baseia-se no mapeamento dos locais onde há maior volume concentrado, seguido da sua retirada, e não de maneira linear ao longo do rio”, comunicou a Vale.
Por fim, a mineradora afirma que “todos os estudos já realizados e em andamento, assim como os resultados já disponíveis, são auditados e aprovados pelos Órgãos Competentes, Auditoria e Instituições de Justiça, que atestam, inclusive, no site do Comitê Pró Brumadinho, as melhorias e avanços ora citados”.