Nesta semana, a Câmara Municipal de Sarzedo recebeu vários moradores, além de membros do legislativo e representantes da Prefeitura para uma reunião em que foram discutidos os transtornos causados pela atividade da mineradora Montreal na região.
O encontro aconteceu em resposta às constantes denúncias feitas por moradores, especialmente dos bairros Imaculada Conceição, Riacho da Mata, São Pedro, São Cristóvão, São Paulo, Santa Rosa e Cachoeira.
Embora a Montreal esteja instalada no município de Betim, suas operações têm impactado diretamente Sarzedo, com relatos de rachaduras em residências provocadas por explosões no processo de desmonte de rochas. Além disso, há uma grande emissão de poeira no ar, gerando preocupações com a saúde da população.
A vereadora Sara Paula, moradora da região, foi a responsável por convocar a reunião. Ela apresentou documentos e registros que comprovam os danos e destacou os inúmeros relatos de famílias prejudicadas. Segundo ela, os problemas são recorrentes há anos, e até o momento a mineradora não apresentou nenhuma solução efetiva à população nem aos poderes Executivo e Legislativo.
Durante o encontro, diversos moradores compartilharam suas experiências e preocupações. Como resultado, vereadores e secretários das pastas de Governo, Planejamento e Meio Ambiente deram um prazo de cinco dias para que a empresa apresente uma resposta (positiva ou negativa) às exigências feitas. Entre elas estão a contratação de uma empresa especializada para monitorar a atividade mineradora, realização de perícia nas residências afetadas, e a apresentação de um plano efetivo para mitigar os danos.
Uma das alternativas em discussão é a transferência da competência do licenciamento ambiental da Montreal para o Governo do Estado, retirando-a da alçada da Prefeitura de Betim. A justificativa é que, embora a empresa esteja formalmente sediada em Betim, sua atuação ocorre na divisa com Ibirité e Sarzedo, a mais de 10 quilômetros do centro administrativo de Betim.
