MAB cobra explicações da SEMAD sobre mortandade de peixes no Rio Paraopeba

O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) protocolou um pedido formal de informações à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD) sobre a mortandade de peixes no Rio Paraopeba após milhares de peixes serem encontrados mortos em vários pontos da região.

O caso, segundo o movimento, é grave e vem se repetindo desde o rompimento da Barragem da Vale em Brumadinho, em 2019. O advogado Artur Colito, integrante do Coletivo de Direitos Humanos do MAB, afirma que o cenário é preocupante. “Solicitamos acesso a todos os estudos e perícias realizados sobre a morte massiva de peixes, bem como cópias integrais dos programas e ações desenvolvidos pelo governo estadual em relação a essa temática”, explicou.

O Rio Paraopeba vem sendo monitorado por órgãos ambientais e movimentos sociais desde o desastre da Mina Córrego do Feijão, da Vale, que se rompeu em 25 de janeiro de 2019, em Brumadinho.

Desde então, o MAB tem atuado em defesa das comunidades atingidas, cobrando reparação integral e denunciando a atuação da mineradora no estado. O movimento reforça a necessidade de garantir direitos básicos, como acesso à água potável, à terra e a condições dignas de vida e trabalho para as populações afetadas.

Uma das principais reivindicações atuais do MAB é a reversão do corte de quase R$ 40 milhões nos recursos destinados às Assessorias Técnicas Independentes, fundamentais para que as comunidades tenham suporte qualificado nos processos de reparação.

“O corte nesses recursos compromete a participação efetiva dos atingidos nas decisões sobre os projetos de reparação. Seguiremos mobilizados e nas ruas, exigindo justiça e o cumprimento dos direitos das comunidades”, finaliza Colito.

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