Atingidos realizam ato em São Joaquim de Bicas com o lema “Auxílio já!”

No final da última semana, atingidos pelo rompimento da barragem da Mina Córrego do Feijão, ocorrido em Brumadinho, se reuniram em São Joaquim de Bicas para realizar um ato em defesa dos territórios e da natureza.

A mobilização organizada pelo Movimento dos Atingidos e Atingidas por Barragens (MAB) teve como lema “Auxílio já!”.

Durante a marcha, os manifestantes denunciaram os danos da mineração e reforçaram pautas urgentes, como a recuperação do Rio Paraopeba, a continuidade da reparação socioambiental e a garantia de auxílio emergencial para as famílias atingidas.

Segundo Tatiana Rodrigues, liderança atingida de São Joaquim de Bicas e integrante do MAB, a manifestação teve como objetivo dar visibilidade às reivindicações da população: “Nossa luta é pela Amazônia, mas também pela vida no Paraopeba. Queremos a limpeza e recuperação do rio e a reparação socioambiental”, disse.

Tatiana também lembrou que o julgamento do Programa de Transferência de Renda (PTR), previsto para o dia 25 de agosto no Tribunal de Justiça de Minas Gerais, foi adiado, o que aumenta a incerteza das famílias atingidas, e cobram por auxílio emergencial até que a reparação seja efetivada.

Durante o ato, Lúcio de Souza, pescador atingido da comunidade do Fhemig, em São Joaquim de Bicas, denunciou ainda a falta de transparência e a demora na reparação: “Estamos aqui, tem gente consumindo peixe do rio, cadê as análises ambientais? A Vale não divulga para o povo, ela não quer pôr provas contra ela. Estamos aqui é para reivindicar nossos direitos, já vai para 7 anos e cadê a reparação?”, afirmou.

O ato reforçou que a defesa do Rio Paraopeba está diretamente ligada à sobrevivência das comunidades atingidas e ao presente e futuro de todos e todas.

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