Pesquisa da Fiocruz avalia serviços de saúde pública em várias cidades da região

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) realizou uma análise sobre a situação dos processos de vacinação e das listas de espera por atendimento especializado de saúde em 31 cidades de Minas Gerais, entre elas Brumadinho.

A avaliação feita por técnicos da unidade visa ajudar a melhorar tais serviços no estado e o estudo está em debate em um seminário na Associação Médica de Minas Gerais, em Belo Horizonte.

Ao todo, 31 municípios, de cinco microrregiões do estado, foram pesquisados entre abril e julho de 2025: a de Belo Horizonte, que envolve Santa Luzia, Caeté, Ribeirão das Neves, Moeda, Jaboticatubas e Sabará; a de Betim, formada por Piedade das Gerais, Brumadinho, Florestal, Igarapé e Esmeraldas; a de Contagem, que inclui Ibirité e Sarzedo; a de São João Del Rei, que engloba Coronel Xavier, Rezende Costa, Tiradentes, Santa Cruz de Minas, São Tiago, Barroso, Lagoa Dourada e Ritapólis; e, por fim, a de Barbacena, que abrange Paiva, Ressaquinha, Carandaí, Ibertioga e Alto Rio Doce.

Durante a análise, a Fiocruz percorreu os municípios e aplicou questionários. Os dados coletados foram cruzados e, posteriormente, devolvidos aos gestores locais. 

O diagnóstico revelou que, na maioria desses municípios, ocorre um déficit de pessoal nas equipes de Saúde da Família. Em 70% deles há margem para aumento, ao passo que 26% já apresentam quantitativo considerado adequado. Apenas 1 município possui equipes acima do preconizado, segundo o estudo.

Além disso, as situações mais recorrentes foram verificadas nesses municípios foram falta de hospitais ou atendimento em especialidades médicas (nas menores cidades), dificuldades organizacionais para tirar proveito do programa ‘Agora tem Especialistas’, falta de veículo para buscar imunizantes e registros de dificuldades de armazenamento e de falta de remédios.

Ainda de acordo com o estudo, em 97% das cidades há registros das metas e coberturas vacinais. 

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