Executivos de mineradoras durante a Exposibram em Salvador, que a inovação no setor deve ser contínua, integrada à estratégia corporativa e orientada a resultados concretos — financeiros, sociais e reputacionais — e não apenas à adoção de novas tecnologias.
O debate reuniu representantes da Itaminas, Herculano, Bemisa, Lundin Mining e do Instituto Senai, com mediação de Leandro Rossi, diretor-executivo do Mining Hub.
Argeu Géo Filho, vice-presidente de operações da Itaminas, destacou que inovação precisa integrar estratégia e cultura corporativa, em vez de ficar restrita a projetos isolados. Segundo ele, a transformação da governança da Itaminas acelerou essa agenda ao exigir que a liderança equilibre iniciativas imediatas com ações estruturantes. “Inovação tem que ter retorno, tem que ter resultado”, afirmou, ao defender soluções que otimizam processos, reduzem custos e elevam produção. Para ele, a otimização garante o presente e transformação constrói o futuro.
O executivo também ressaltou a dimensão social da inovação e apresentou o projeto com o ICLEI, que mede impacto comunitário a partir dos ODS da ONU e calcula retorno social de investimentos. “O objetivo do ICLEI é tangibilizar a comunidade”, afirmou, ao defender atenção às necessidades reais do território.
“Falamos muito de agendas globais, mas precisamos dar atenção às pessoas que vivem próximas às nossas operações. Esse trabalho nos ajuda a entender as dores do território e mensurar o retorno real das ações de ESG”, disse.
Argeu explicou que a Itaminas trabalha para que a inovação se torne um valor transversal, presente em todos os níveis da companhia. “A inovação precisa ser de fato algo constante, uma cultura. Ela não pode ser um setor específico. No nosso mapa estratégico, todos os objetivos estão linkados à inovação”, destacou.

