Operação em MG: 15 pessoas são presas por corrupção no setor de mineração

A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira, 17 de setembro, uma operação contra um esquema criminoso envolvendo corrupção, crimes ambientais e lavagem de dinheiro no setor da mineração em Minas Gerais.

A ação cumpriu 22 mandados de prisão preventiva, dos quais 20 foram efetivados. Também foram realizadas 79 buscas e apreensões em residências, empresas e órgãos públicos. Ao todo, 15 pessoas foram presas e dois suspeitos seguem foragidos.

Segundo a Polícia Federal, o grupo criminoso teria movimentado, de forma ilegal, ao menos R$ 1,5 bilhão, explorando irregularmente áreas de mineração, inclusive em locais tombados ou próximos a áreas de preservação ambiental. A Justiça Federal determinou o afastamento de servidores públicos envolvidos, o bloqueio de bens e contas dos investigados e a suspensão das atividades das empresas ligadas ao esquema.

A PF explicou que os criminosos corrompiam agentes públicos em diferentes esferas — tanto estaduais quanto federais — para obter licenças ambientais fraudulentas, facilitando a exploração de minério de ferro em larga escala. A organização também atuava para obstruir investigações e monitorar autoridades.

Ainda de acordo com as investigações, o lucro já identificado pode ser apenas a ponta do iceberg: o grupo possui projetos em andamento com potencial econômico estimado em mais de R$ 18 bilhões.

A operação realizada em diversas cidades do estado prendeu nomes como Alan Cavalcante do Nascimento, como chefe do grupo, Caio Mario Seabra, diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), João Alberto Paixão Lages, sócio de Alan, Rodrigo de Melo Teixeira, delegado da Polícia Federal em MG, Breno Esteves Lasmar, diretor-geral do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Fernando Benício de Oliveira Paula, membro do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), Fernando Baliani da Silva, diretor de Gestão Regional da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) e Helder Adriano de Freitas, sócio de Alan e irmão de Hernane Abdon, atual secretário de Agricultura de Brumadinho.

Os envolvidos poderão responder por crimes ambientais; usurpação de bens da União; corrupção ativa e passiva; lavagem de dinheiro; organização criminosa e obstrução de investigação.

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