Uma representação assinada por deputados, prefeitos, vereadores e lideranças políticas de várias cidades mineiras foi protocolada no Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo a suspensão da cobrança de pedágio na BR-381, prevista para começar neste mês de setembro.
O grupo questiona a legalidade da cobrança antes da conclusão das obras de duplicação, manutenção e sinalização da rodovia, uma das mais perigosas do estado.
O movimento contra os pedágios tem ganhado força entre moradores da região. No último dia 27 de agosto, manifestantes ocuparam uma faixa da BR-381, na altura do km 412, em Caeté, protestando contra a instalação do pórtico de cobrança automática.
Segundo os participantes, o modelo de pedágio “free flow” (sem cancela) instalado no trecho prejudica especialmente usuários de cidades vizinhas, que precisam arcar com o custo na ida e na volta para a capital mineira.
O contrato atual prevê cinco praças de pedágio: Caeté (km 411,8); João Monlevade (km 345,2); Jaguaraçu (km 280,1); Belo Oriente (km 227,5) e Governador Valadares (km 176,5).
O que pede a representação ao TCU:
- Suspensão imediata da cobrança nos cinco pedágios previstos;
- Execução de obras de melhoria em toda a rodovia antes da cobrança;
- Isenção de tarifa para moradores das regiões afetadas;
- Reavaliação do modelo de cobrança automática (free flow);
- Estudos sobre os impactos sociais e econômicos para a população local.
O TCU ainda deve avaliar o pedido de liminar para decidir se acata ou não a solicitação.